“Flerte”

A gente sempre se via como dois estranhos na correria do dia a dia, mesmo assim podia reparar na alegria que tu trazias.

Na verdade, lhe via de várias maneiras, cada dia de um jeito que eu inventava de você.

Admirava seu jeito aguerrido de falar sobre a vida apesar de todas as dificuldades e mesmo assim você sempre sorria da vida.

Confesso meu bem, que você exalava pecados de um jeito que só eu entendia, afinal eu lhe inventava assim.

Por meses você fugiu de mim, fugiu do meu olhar que tinha a maior satisfação em lhe flertar, detalhadamente em cada parte do seu corpo, com isso, minha imaginação fluía desde timbre de voz a cada fio dos seus cabelos.

O tempo foi passando e com ele aumentava o meu desejo de ter você inteirinha para mim.

Teu semblante não negava mais que você também desejava isso.

Os flertes ficavam mais evidentes entre-nos, a tal ponto de surgir comentários sobre a gente sem mesmo estarmos juntos.

E nesse tempo eu já era todo seu, já não me importava mais nada além de você, decidido em tê-la nos meus cafés da manhã.

Isso, tu já entravas em todos os meus planos de vida, era o primeiro nome que vinha a cabeça quando alguém falava na palavra amor.

Dentro do meu abraço você fez morada por anos, vivemos momentos de pura felicidade de um amor sem mistérios, suavemente nós.

E não desejo nada além de você e de mim.

E nesse faz de conta, eu que amo tanto, te amar.