Flores de Crepom

Teu ser

Em mim indelével

Te entrego

As flores de crepom

De minha afeição

Bela e sem valor

O céu continua azul

Na sua íris gelatinosa

Sobre lindos olhos negros

Como sua roupa

De ti uma distância segura

Protegida por forte escudo

Podre vício

Desejo ter amnésia

Dos dias que percebi sua presença

Que invadistes meus sonhos

Te procuro nas redes sociais

Não há coisa mais inútil

As pétalas caem no outono

O frio castiga meu rosto

Respostas inexistentes

Muro intransponível

Encontro inexequível

Deslizo de tuas mãos

E me perco

Escoado

Ralo do tempo.

Carmitto
Enviado por Carmitto em 27/05/2019
Código do texto: T6658142
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