Flores de Crepom
Teu ser
Em mim indelével
Te entrego
As flores de crepom
De minha afeição
Bela e sem valor
O céu continua azul
Na sua íris gelatinosa
Sobre lindos olhos negros
Como sua roupa
De ti uma distância segura
Protegida por forte escudo
Podre vício
Desejo ter amnésia
Dos dias que percebi sua presença
Que invadistes meus sonhos
Te procuro nas redes sociais
Não há coisa mais inútil
As pétalas caem no outono
O frio castiga meu rosto
Respostas inexistentes
Muro intransponível
Encontro inexequível
Deslizo de tuas mãos
E me perco
Escoado
Ralo do tempo.