Moça
Seque as lágrimas, finde o pranto!
A morte, o sofrer, o doer,
como amar, sorrir e viver
são da vida
avessos amantes, amargo decanto.
Mesmo da pobre criatura a existência,
pura, sem dor, ódio ou rancor
o vil fado, que a tudo é maior
viola, queima, e enfim ceifa
fugaz, a chama da inocência.
Sorria! Tristeza à felicidade dá valor
os angustiados espíritos que choram
alento encontrarão:
Como nossas almas, livres, em prima união,
ainda que presas à força do amor!