Versos que me Vestem

Eu me visto de poesia,

Enquanto me desnudo de ti.

Tenho hoje uma pele quase de aço,

Olhos murados.

Carreguei-te no pescoço...

Ficou pesado;

Deixei-te na gaveta ao lado!

No peito, alívio. Suspiro jorrado.

Vento levou meus pensamentos, que eram seus.

O deslocamento do tempo não me diz quase nada mais de você. Como se nada tivesse existido. E eu não lamento.

Os versos me embriagam mais que a taça que segurei a vida toda. Esta garrafa não seca!

Rasguei o sorriso em dez.

Dez motivos ditos em alto e bom som para que nada os apaguem.

E, se por acaso, te toco a memória, pernoito em ti.

Eu sorrio. E depois encontro um motivo.

Tem sido assim. Tem dado certo!

Eu venho logo após você no alfabeto...