TRISTEZA

Resisto enquanto posso

À tristeza e ao desdém

Vivo comigo a vida a sós

Não olho, não falo, não oiço

Não converso com ninguém

Na tristeza que me invade

As conversas são todas ocas

E às palavras que me dizem

Faço, ás vezes sem querer

Um par de orelhas moucas

O silêncio é tranquilo

A palavra ensurdecedora

Vivo a ver e a ouvir

Mesmo que não queira

Enquanto o coração chora

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