Pelas Frestas

Olho pelas frestas

Para um céu onde só existe a rosa.

Sublime Rosa, perfeita e rica de encalços

Quero pegar, tocar e despetalar

Com aquele meu jeito selvagem de amar

Olho pelas frestas de novo

E alguém me olha também alegre e feliz

Ah, essas rosas místicas de calendários

Atraem a intuição não parece que dormem não

Carinhosas e inquietas

Sempre ao tocar, lá estão elas abertas.

E quando se rompem do botão

É um caminho sem volta

Colhe uma, dezenas, um montão

Chove a chuva para molhar

Sopra o vento para secar

E depois do temporal,

Revigoradas do alvoroço,

Benzidas dos quebrantos

Dão, ao amor, alegrias e encantos

Sem os espinhos

Assim, desarmadas para amar,

As mãos tocam-se-lhes com seus carinhos

E os lábios põem-se a lhe beijar.

Sangy
Enviado por Sangy em 14/05/2019
Reeditado em 29/10/2019
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