Pelas Frestas
Olho pelas frestas
Para um céu onde só existe a rosa.
Sublime Rosa, perfeita e rica de encalços
Quero pegar, tocar e despetalar
Com aquele meu jeito selvagem de amar
Olho pelas frestas de novo
E alguém me olha também alegre e feliz
Ah, essas rosas místicas de calendários
Atraem a intuição não parece que dormem não
Carinhosas e inquietas
Sempre ao tocar, lá estão elas abertas.
E quando se rompem do botão
É um caminho sem volta
Colhe uma, dezenas, um montão
Chove a chuva para molhar
Sopra o vento para secar
E depois do temporal,
Revigoradas do alvoroço,
Benzidas dos quebrantos
Dão, ao amor, alegrias e encantos
Sem os espinhos
Assim, desarmadas para amar,
As mãos tocam-se-lhes com seus carinhos
E os lábios põem-se a lhe beijar.