EU QUERO VIVER NO TEU CÉU DE AMOR.
Surge o dia, e já não consigo controlar a minha mente, como num segundo a me expressar, assinalo uma ideia que se faz assente, e já te sentindo ausente, sou obrigado a aceitar. Sou como o mar, às vezes pascente, ou, mormente em agitação, nessa aluvião de palavras cifradas de tamanha emoção. É como uma estrada, aonde nem se imaginava percorrer, nesse nascer do sol brilhante a nos emudecer.
Prateei o meu escudo, e tudo o quanto amealhei de conteúdo desse mundo, foi, sobretudo, com lagrimas de esperança, qual uma criança, a rodar em uma fogueira, por essa tua maneira, faceira, distraída em sua vida. E nesse cais, todos os meus ais, não me deixam explicar, o que oculta o meu imaginar, na limpidez desse teu olhar, repletos com sentimentos de leveza no ar, a brotar mesmo da tua ausência, e a tua transparência vem me completar.
Preciso me unir a ti novamente e rapidamente nesse meu viver, antes do anoitecer, nessa sombra tangente, que eu careço jazer, para te sentir completamente, e ter essa tua luz a iluminar a minha escuridão, que diz à dimensão que eu sinto há tanto tempo, nessa corrente que veio nos atar, e que devagar nos enlaça, e que mesmo assim eu não penso em me livrar, pois sinto que essa tua graça até já criou raiz, encrustou uma cicatriz, só para nos fazer feliz.
É quando eu tenho a sensação que agora eu sou o teu vento e a tua vela, acrescentando cor em tua aquarela, até compor uma rota para te conduzir, e concluir com um ancoradouro sonial, tão original, quanto ao teu carinho carnal. Sempre serei o teu prisioneiro, porque conheci primeiro, o teu céu de Amor, e foi onde fiquei condenado, forjado em contemplação, pelo aço do teu vigor, nesse esplendor, que é o teu coração.