Poema para o sentimento amor
Ele nem cogita
O quanto nele penso
E como eu queria
Ver o seu sorriso concreto
Agora, de perto
Amolece o coração
Dias se passam
O amor faz a sua prece
Mas, sua certeza segue horizonte reto
Um gole de coragem à amplidão
Ele finge o que não é fingimento
E, por isso, foge em desalento
Eu sei que a vida é o bater de asas
Rítmicas e breves rupturas
A todo esse amor, necessárias
Ele é meu ponto fraco
Aquele que desestrutura, perfura
Não, não quero estar neste estado
Entre camadas de inconsolável melancolia
Porque a verdade, meu bem
É que o amor ganha vida em liberdade
E só assim é que ele dura
Que ande torto e pulando pontes
Não existe nenhuma regra
Posto que o amor é síntese
Integra dados e se exaspera
Também, retira e põe
Ele é por si e tão somente
Angústia feliz dá em mim
Por amar de repente
Ao passo que me tem assim
Desornada no eterno conflito, sem fim
De certa forma, escondo
Para evitar a chama em fatalidade
E a graça, desnuda, plena alvorada
Indizível na dualidade nada-tudo
Mas, eu trago o amor
Doce e infindo
É sossego, carícia, recinto
Não promete, nem recusa
Sensibilidade à sombra de demonstração
Repousa quieto e estático
Em êxtase e fascinação
Visto o véu do sentimento metafórico
Esplendoroso, quando está por todo lado
Se a minh’alma sorri
Logo, eu percebo que ele
Dá boas-vindas e aparece por aqui