DE CONTOS DA NEGRA NOITE

No percalço das horas em que o poeta sonha

As sombras enamoram os olhos seus

A alma já não sabe mais se volta

No augúrio que lhe sufoca, suspira a noite um adeus

Quem, um véu estrelado estendeu

No corpo deste poema e a morte enriqueceu

Quem deixou que ele se vá como quem sonha

Com um céu que não é seu

Entre constelações cantamos canções

A noite em seus açoites nos faz provocações

Inebriada na sacada de um amante, e era eu