A Mandala do amor (Caris Garcia)
A Mandala do amor
(Caris Garcia)
Instante do êxtase em paradisíacos territórios
A abundância de nobres valores
Bendito seja a partícula do aleatório
O impulso que cria múltiplos fatores
Anestesiados de tanta pureza
Dentro de teu sereno olhar, o universo
Seguir fluindo nossa peculiar natureza
Na palavra, o mistério de nosso verso...
Nada abala aquele instante de paz
As corredeiras floridas de tuas brincadeiras
Os vulcões, nossos adoráveis castiçais
As juras proferidas no tronco de uma videira...
A atmosfera das flores, o nosso perfume
O meu toque na terra, os doces alimentos
Nosso "amar" é nato! Te acostumes!
Não tentes entender, apenas olhai dentro!
“A espiritualidade da criação da aurora
Bate o teu coração no ritmo do meu
Anda! Vem! Te entregas, me namora!
Na pausa de nossos suspiros, todo o céu tremeu...”
Eu sinto o teu chamado transcendental
O ato de me possuir assim, inteira
Antigo preceito multidimensional
A criação, o verbo da palavra primeira
Quando minha presença, tu invocas
Preenchendo as partículas de ternura
Movimento lento e focado, que a dança provoca
A sanidade plena rendida na nossa meiga loucura
"A frequência da água e do fogo em nosso mar
Ondas na entoada de tuas partituras
Quero em ti eternamente mergulhar
“Maktub”! Eu e você! O frescor nas alturas!"
Embalando o meu corpo e o teu também
Nada resiste nessa eloquente aventura
O próprio nirvana, a profecia da mandala “Zen”
O sentimento indecifrável sem nomenclatura
“É sabido que ao teu lado sempre permaneço
Dentro do oráculo do teu retorno sempre certeiro
O diagrama de nossas posições relativas, agradeço
Tu és a mensagem, eu o apaixonado carteiro”
Neste prenúncio, o tratado da minha chegada
A trilha do pergaminho, da rota do diamante
Seguindo tua melodia, tuas amorosas pegadas
Teu Guia de vermelho, o Mestre Dante...
A escalada do perdido manuscrito
Eu sou a arca, você a aliança
Caminho para poucos, preciso, estrito
Leve versejar ! O soltar! A cega confiança!
"Nosso maior tesouro, em nove chaves guardei
A preservação contínua de nossa história
Sê a rocha bruta pura e cristalizada que por anos lapidei
Em teu diário, vês? Estou em cada vitória!"
A imortalidade do amor de tantas eras
O segredo mais escondido e procurado
Tu realças o sabor de toda primavera
A vitalidade do tempero, o legado...
No intervalo de nossa eloquente respiração
entre um toque e outro, se perdem sentidos
A pausa reflexiva de toda uma geração
Na tela eu sou o branco e também o colorido...
Nossa caravana aos céus, o rio no mar
A hipérbole da tua cândida magistratura
Que teus pródigos encantos e mim vem jorrar...
Você as sementes, eu a enigmática escritura
O foco da tua sagrada geometria
A verdade tão simples, tão nua
Teu frescor! Banha-me na imaculada doçura
Sem roteiro, conceitos... Sem censuras...
A pergunta e a resposta na balada da maré
O símbolo da nossa sacra e abençoada união
Gravado no celeiro, na fazenda, no chalé...
Sem domínio, sem vocábulos, sem tradução...
https://youtu.be/V3paGP2TOT0
https://youtu.be/Mlvdkqu2ENA
https://youtu.be/gdVjVtpr55M