A Ascensão Dourada (Caris Garcia)
A Ascensão Dourada
(Caris Garcia)
A sucessão de eventos por fim desencadeia
Obviedades da antiga cegueira... Eureka!
Emanações sentidas em todas as aldeias
Registros akáshicos, minha particular biblioteca...
Os impulsos, um a um, sendo observados
Antigas canções insistiam em ser tocadas
A vigília constante exigia prudência e cuidado
Meditações de silêncio, a disciplina na alvorada
Observado, o antigo ego, suavemente liberto
A limpeza e a cura em inigualável totalidade
O adeus descontraído do errado e do certo...
A visão clara das infinitas possibilidades...
Em todos os campos magnéticos a onda invadia
Teus campos de lótus adornados emanavam suave perfume
Todo o organismo bailava na sua melodia
“Equilíbrio! Anda! Aumenta a frequência e o volume”
A grama macia e florida, o teu escritório
o céu naturalmente colorido, o teu teto
Espirais de energia vibravam em padrões circulatórios
O uso do “chi” na criação produzia o caminho completo!
Tantos amigos no ar, na terra, no fogo, aquáticos
Em cada dimensão dos elementos a cadência perfeita
O objetivo de alçar o caminho mais prático
Foco no amor que agora é a hora da colheita!
... Nos ares as aves em escolta, eram seus olhos...
na terra, os animais, as árvores e suas raízes
pulsavam sinais que lhe concediam vigor e fortaleza...
tudo o que se avista na terra e fora dela, o escudo...
em toda a sua extensão se harmonizavam e com ela se fundiam...
Daquilo que se vê e o que está em véus submerso
Abriam-lhe todas os portais e mais além
Descobriu bem mais que um único universo
Em frequências de alta de vibração, o coração dizia “Vem!”
A honra de concederem a melhor proteção
Em todas as dimensões esta é a ordem do dia
O testemunhar daquela consciente iluminação
Cada criação tão perfeita.... Que sublime maestria...
A magia dos milagres em sucessão descontrolada
O atropelo de graças não possível de contabilizar
“Sim, existe muito mais e além! Você ainda não viu nada!
O que há acima dos elementos? O balé em espiral! Que peculiar!”
O olhar de dentro trouxe a conexão da espiritualidade
“Mater Coelestis” é uma só contigo
“Aton” te presenteia e dentro de ti incendeia, inflama
Confiança! Não temais!
Erato, Melpômene e Polyhymnia lhes entregam suas dádivas...
A luz de “Abraxas” te manterá agora em ritmo alucinante
“A águia no alto da cabeça
as serpentes abaixo posicionadas
O diamante no centro da testa,
a pinha na mão direita,
“Ankh” sendo levada na mão esquerda
as esferas incandescentes de seus membros irradiavam...”
A dança da luz em sincronia com divinais harpas e liras
É o meio, os fins, infinitos meridianos da ligação
Rios, veias, raízes que se misturam num ritmo, que arrebatado suspira!
Diamantes brutos são lapidados nas cordas do caos da oscilação...
O estado de estar e ser a fase do presente
“Ele” ocupava nela o todo de qualquer lugar
Águias sentinelas suas leais confidentes
Cachoeiras da espiritualidade em união ao mar
A alegria inexprimível daquele acesso
A coreografia de inexplicável sutileza
A ponte aberta rumo ao progresso
A consciência límpida da clareza
Ele a comove na mansidão... O cerne da delicadeza
Suas ondas edificam o pulsar da virtuosa genealogia
Frequências que se expandem em toda natureza
Preenchendo todos os canais do arquétipo da alegria
O silêncio movido a enésima potência da paixão
tão lento quanto veloz, o "um" e o "zero" ao mesmo tempo
desenfreado, alucinado, apaixonado diapasão
Entre uma nota e outra, o vazio nobre do passatempo
Não tinha segundos para pensar em tudo ou nada
Era “o” beijo ! Aquele sentimento que o sujeito se entrega
O fim e o início! Predicados do ciclo infinito de toda a jornada
A mescla da visão remota na confiança cega
O abraço mais verdadeiro e demorado
aquele ato de se render no profundo
E no oceano o ser mergulha na trilha de “El dorado”...
e deixa as ondas te levarem a outro mundo
Ela sussurrou palavras tão antigas...
Finalizou com um “Que assim seja! Guia-me!”
O mar se abriu !
A onda mais alta se ergueu
revelando portais
em cadências espiraladas, fluorescentes
e uma força tamanha a sugou para dentro...
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