À ESPREITA

Não espio teus olhos à cata de sexo.

Meus olhos são seletivos, buscam oceanos,

Os oceanos de amor marejado e areia.

A areia branca macia do nexo,

As conchinhas acumuladas nos anos,

Que ecoam mar nos ouvidos, sereias.

Teus dedos dedilham a guitarra

E eu aqui a cantar... cigarra.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 05/05/2019
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