Miríades
O poeta é um pretenso imitador,
Imita aquilo que vê, e escreve,
Para então, não sentir mais a dor,
Isso é tudo a que se atreve.
De tão bela, minha moça exuberou,
Tanto viço, que de meu amor apoderou,
Na janela eu espero a linda flor,
Pétala que beijo ao chamar de meu amor.
Eu fingia que a via, e ela, que não sabia,
Passa o tempo e do amor não se declara,
Aquele que apenas na esperança se ampara.
Eu, que já me declarei, falei que te amei,
Não apenas palavras, mas em poesia adornei,
Minha musa, quantos encantos traria!
O poeta é um pretenso imitador,
Imita aquilo que vê, e escreve,
Para então, não sentir mais a dor,
Isso é tudo a que se atreve.
De tão bela, minha moça exuberou,
Tanto viço, que de meu amor apoderou,
Na janela eu espero a linda flor,
Pétala que beijo ao chamar de meu amor.
Eu fingia que a via, e ela, que não sabia,
Passa o tempo e do amor não se declara,
Aquele que apenas na esperança se ampara.
Eu, que já me declarei, falei que te amei,
Não apenas palavras, mas em poesia adornei,
Minha musa, quantos encantos traria!