ZOMBAVAM DE MIM
Zombavam de mim as pessoas infelizes.
E minha alma gritava pedindo proteção
Pedindo alívio
Eu me guardava na minha vida simples
As pessoas infelizes zombavam de mim
Sem conhecer a minha alma
Elas não tinham visão
Eram soberbas
A maldade colocava limite na vida delas
Enquanto a justiça, o amor, a bondade e a fé
Me conduziam a uma vida sem limite
Zombavam de mim
E eu nada dizia
Pois o silêncio é a resposta
O silêncio é a música que nos tranquiliza
Quando a maldade alardeia.
Com paciência atravessamos o deserto
Eu não preciso me igualar a essas pessoas
Elas são infelizes
Eu só digo que as amo
Amo a vida
Porque a vida me mostra
Que dá oportunidade delas mudarem
Como um dia eu mudei
Já não sou farrapo
Já não me alimento de tristeza
Não aceito mais o convite da ilusão
Para me perder
Não lembrava nem como me chamava
O meu nome era humilhação na boca do povo
Mas hoje eu tenho um nome a zelar
Tenho a vida sem limite
Ela me trouxe a verdadeira alegria
Me trouxe o amor de braços abertos
O amor puro vindo dos Céus
O amor que me aceitou
Sempre me aceitou
Enquanto as pessoas infelizes
Zombavam de mim.
( POETA ALEXSANDRE SOARES DE LIMA )