Preciso do impreciso
Assim paralisado
Apenas maravilhado
Observando toda essa poesia contida
Que vai surgindo
Aquarelando, colorindo
Tudo como se fossem luzes natalinas
Só quero contemplar
Admirar como se fosse a primeira vez
Teus cabelos, teus olhos, tua tez
Nesta tarde ensolarada de abril
Barco navegando as águas deste rio
De perto caudaloso
De longe parece fio
Conexão entre dois pontos distantes
Um reencontro pode ser melhor que antes
Pela saudade e por tudo que aprendemos
Compreendemos que da vida a linha é torta
E que é preciso atravessar a porta
Que até o rio se espreme na comporta
Para poder se expandir em mar
"Navegar é preciso, viver não é preciso."