Amor quase perdido

Eu...

Com um olhar tão singelo

Procurei-te pelos cantos

Sai pela rua numa noite fria e chuvosa

Eu...

Sem palavras a falar-te

Pois minha mente condenava-me pelo ocorrido

Vivi na angustia e na solidão

Dias e mais dias se passaram

E a cidade toda ja me conhecia

Sabiam que era eu o viajante da solidão

E sempre ao passar por um cidadão

Seu olhar de banda percorria por de tráz de mim

Em fim eu...

Numa taberna la no fim daquela rua

Tomando uns vinhos e me embriagando

Vi pela janela seu olhar vazio

Olhando-me de longe

Percebi que havia voltado

E sai correndo...

Mas, deparei-me com um cidadão junto a ti

E logo por minha mente vazia

Encheu-se de perguntas

Quem é?

E o que é?

E na dor e no medo de aproximar-me

Fiquei parado feito estátua

Sem movimentos em meu corpo

Ja se passavam das onze

Meu corpo com o calor do vinho

Esquentava-me no interior

Era o efeito da embriaguês

Novamente sai para fora e seu olhar me acompanhava

Olhei, pensei...

E do nada me aproximei

Coração palpitando em meu peito

Perguntei...

Voltastes minha amada?

E sua voz tremula ecoou em meu ouvido bem baixinha

Sim... voltei, os caminhos por onde fui

Não fizeram-me esquecer

Do amor que por ti tenho

E por isto voltei

Trazendo comigo o homem

Que hoje celara nossa união

E para sempre felizes

Viveremos o João

Com a voz tremula

E gaguejando

Respondi a minha amada

Hoje tirastes de minha vida

A vontade de morrer

Vejas estas garrafa

Este copo em minha mão

Era o ultimo gole

Depois...

ME acharias em um caixão