FARPADO
Não quero paraísos de certezas
Quero o inferno das contradições.
Não quero me adaptar,
Quero lapidar minha existência
banhar-me nas confluências de meus instintos.
Eu quero o acaso
Não um futuro premeditado.
Não quero castelos
Não quero masmorras
Nem horizontes vazios.
Prefiro os abismos mal enumerados.
Eu quero o sereno da vida
Não a febre da humanidade.
Eu sou a pólvora solta no ar
pronto para detonar.