Poesia 969

Fecho os olhos

e tudo que vejo

passa pela janela de meu passado

são tantas passadas

passadas

Tornei-me um Casmurro sem Dom

triste s

solitário

atormentado por fantasmas

de decisões não tomadas ou mal tomadas

lamentadas todos os dias

num choro mudo, no escuro...

Eu carregar um amor por um quartel de século...

isso pesa

tormentos que que alimentam a fera em mim

olhos vermelhos

no canto da sala... cela...

sem canto

comendo de cócoras

no escuro

eu gemo... eu canto!