AFIRMAÇÃO

Afirmação

Quando o vento

Soprou-me

Em razão sucinta,

De firmação tão doída,

Sequei todas as gotas

De cristais,

Lágrimas de tempos obscuros.

Nas linhas retas

Do velho caderno

Dei o ponto final;

Virei à página obscura

E saí da minha loucura!

Não sou anjo;

Não sou santo;

Não sou o que você acha.

Não remendei os retalhos.

Não colei os cacos;

Deixo tudo assim

Por isso mesmo;

Pela metade

Faço-me por inteira!

***

Clarisse da Costa

Clarisse da Costa
Enviado por Clarisse da Costa em 15/04/2019
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