AFIRMAÇÃO
Afirmação
Quando o vento
Soprou-me
Em razão sucinta,
De firmação tão doída,
Sequei todas as gotas
De cristais,
Lágrimas de tempos obscuros.
Nas linhas retas
Do velho caderno
Dei o ponto final;
Virei à página obscura
E saí da minha loucura!
Não sou anjo;
Não sou santo;
Não sou o que você acha.
Não remendei os retalhos.
Não colei os cacos;
Deixo tudo assim
Por isso mesmo;
Pela metade
Faço-me por inteira!
***
Clarisse da Costa