Seios de amor
O que eu sonho noite e dia,
O que me dá poesia.
É olhar todas as manhãs em teus olhos
E me torna a vida bela, com você ao meu lado.
O que num brando roçar
Faz meu peito se agitar,
E o teu seio, donzela!
Quero neles repousar.
Oh! Quem pintara o cetim
Desses limões de marfim,
Os leves cerúleos veios
Na brancura deslumbrante
E o tremido de teus seios?
Quando os vejo, de paixão
Sinto pruridos na mão
De apalpá-los e conter.
Sorriste do meu desejo?
Loucura! Bastava um beijo
Para neles se morrer!
São como cachos de uvas.
Tão lindos perfeitos neles querem repousar.
Pois os contemplo todos os dias.
Não me cansarei jamais são meus somente meus.