INTIMIDADE

O tempo me atira ao vento

E retira a dúvida na madrugada

No braço forte que me enlaça

No teu corpo, incansável na jornada.

Fronteiras redefinidas, cerca derrubada

Jogo no lixo da memória a minha timidez

Íntima, nítida com toda a altivez!

Talvez...

Meu corpo, teu beijo

Meu beijo, teu corpo...

Meu corcel,

Correndo em azul teus delírios,

Tão meus!

Galopando...

Tateando, conhecendo, explorando...

Cada nota é milimetricamente decifrada

E no corpo eternamente impregnada.

Disfarço em banalidades o meu espanto

Em tolices me desmancho encantada,

Barro sagrado em tuas mãos,

Para que, de novo e outra vez,

Você possa se achegar

E possamos, amalgamados,

À nossa casa retornar:

Sou eu em ti. És tu em mim.

Stella Motta
Enviado por Stella Motta em 13/04/2019
Reeditado em 13/04/2019
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