is?LY9uhLBJIEaUT_QDUYhRUKcZOJRsIhoqYi23sbHW7Ao&height=341


ONDE ESTARÁ O MEU AMOR
(Sócrates Di Lima)

Como esta noite terminará,
Se a madrugada custa a chegar?
Meu corpo revira na cama que suportará,
A saudade que de mim não quer se apartar.

Como o dia amanhecerá,
Se o sol ainda não foi embora,
Meu coração perguntará,
- O que será de mim agora!

Sentado numa berger no canto da sala,
O espelho reflete a chuva que me derrama,
A fragrância do corpo dela exala,
E faz-me divagar em chama.

Abro meu peito num circuncisão mental,
Tiro ás mãos um coração explosivo,
Que diluído escorre pelos dedos em forma natural,
Levando em gotas meu querer lascivo.

E ai eu me pergunto,
Onde estará o meu amor,
E logo meu coraçao grita e muda o assunto,
- Para senão choro de dor!

Então me prostro diante do espelho meu,
E meus olhos dizem que assim não resisto,
E nem preciso entregar-me á saudade nesse momento seu,
E menos ainda, diluir meu coração por isto.

Ah! Que o tempo me faça prisioneiro,
Nos meus momentos jamais serei esquecido,
E mesmo que diluido, descondensado se faça cancioneiro,
Ainda assim, há que se retornar á luz, este meu coração diluído.

Ela está distante,
Deixou a névoa cobrir o seu olhar,
O amor se escondeu sob um solo fertilizante,
E pela vida  sei que devo  esperar.

Onde andará o meu amor,
Talvez, em qualquer lugar,
Esta noite queimo em ardor,
Na vontade que tenho em o encontrar.
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 10/04/2019
Reeditado em 10/04/2019
Código do texto: T6620508
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.