A descoberta do amor — próprio
Eu precisei viver um grande amor — desses bem românticos e melancólicos de filmes —
Para entender que não existe isso de metade da laranja.
Pedi a Deus minha vida inteira
Um amor de verdade
Que eu encontrasse logo
minha cara metade
Queria alguém que me amasse e me aceitasse
Do jeito que eu sou
E Ele escutou.
Mandou.
Era um verdadeiro príncipe
Lindo por dentro e por fora
Me amou de todas as formas
Principalmente nas piores horas.
E depois de viver tudo isso
Percebi então por fim
Que não era de outrem que eu precisava
Eu precisava de mim
Porque enquanto ele me amava;
me aceitava;
me cuidava..
Eu não fazia nada.
Nada eu fazia por mim.
Fui percebendo que tudo
que a Deus um dia pedi,
eu mesma poderia ter me dado.
E que antes de recebê-lo de alguém,
eu deveria já ter experimentado.
O amor próprio precisa
ser o primeiro passo.
Se não for,
A tendência,
é que seja um fracasso.
Não devemos, no amor
Ser, apenas, metade
Precisamos estar inteiros
Para vivê-lo de verdade
Eu amei,
Eu vivi,
E não me arrependo de nada!
Todo esse amor me ensinou
Que eu merecia ser amada.
Hoje eu sou meu amor
O amor que eu precisava.
Depois que me amei eu vi
O quão incrível eu sou
Descobri e descubro a cada dia
Novas formas de amor.
Minha mente expandiu
E minha luz brilha mais forte
Antes iluminava uma vida
Hoje ilumino aos montes.
Esse grande amor me fez ver
A melhor versão de mim
Que ele um dia entenda
Que eu precisava partir
Que saiba que sou grata
E que sempre o amarei
Que o amor vai muito além
Do que “namorar” alguém
Que o amor é liberdade
Que eu não sou sua metade
Mas que eu o quero bem.