Folhas de Outono
Deitam folhas ao chão,
Como marcas deixadas pelo tempo
Caindo ao léu e em profusão
O amarelo chorou intempestivo tormento
O renascer prometido desnudou seu galho
E em toda sua nudez necessária
Dentro de um ciclo de outono frio
De uma esperança mesmo que temerária
Aceitou um destino de aspecto sombrio
Que ao ver tanta folha jaz suprimida
Obrigou-se a viver em um depressivo vazio
Com medo de renascer de forma constrangida
E mesmo após tanta falta de perseverança
Hoje não sei se brilha mais que o astro rei
Pois sumiu a maldita lembrança
No brilho de folhas novas que vislumbrei.
Dedico esta poesia ao meu amigo poeta, possuidor de uma delicadeza e de uma sensibilidade ímpar, que mesmo enfrentando provas severas consegue escrever com a alma, diante das lágrimas que cegam seus olhos, então, que ele nunca esqueça que nos momentos difíceis, o amparo de Deus o sustenta.