Eros Deus do Amor

EROS DEUS DO AMOR

I

Quem não sabe que Afrodite

É a deusa da beleza

Uma das mais contempladas

Da mitologia grega;

II

Entretanto, um certo dia

Sentiu-se um pouco enciumada

Pois surgiu a jovem Psiquê

De beleza incomparada;

III

Por Zeus! Como pode ser?

Que uma pobre mortal

Ameace a divindade

Com uma beleza sem igual;

IV

Grita a bela Afrodite

Chama por seu filho Eros

Que em meio à tempestade

Surge com um rosto tão belo;

V

Eros, meu filho amado!

O próprio deus do amor,

Venha defender tua mãe

Que esta gente desprezou;

VI

Mas o destino é cruel

E Eros se apaixonou,

Pela beleza de Psiquê

E com ela se casou;

VII

Porém uma condição

Eros veio lhe impor,

Que ela não visse o seu rosto

E eterno seria esse amor;

VIII

Mas, como toda mortal,

A curiosidade a tomou

E enquanto Eros dormia

Psiquê se levantou;

IX

Será que vivo com um monstro?

Naquele instante indagou,

Tomou nas mãos uma vela

E do leito se aproximou;

X

E para sua grande surpresa

Quando a jovem olhou

O rosto do seu amado,

Era “Eros” o deus do amor;

XI

Naquele exato momento

A vela nele pingou,

E despertando do sono

Assustado, Eros gritou;

XII

Ingrata! Tu me traíste

Mataste o nosso amor,

E agora por tua culpa

O encanto se eternizou;

XIII

Dizendo isto sumiu

Como a fumaça no vento,

Como uma breve lembrança

Perdida no pensamento;

XIV

Psiquê se suicidou

Jogando-se no mar profundo,

E as águas lhe devolveram

Bem viva de volta ao mundo;

XV

Para viver o tormento

O lamento e a solidão,

De quem ama e não confia

No seu próprio coração.

Valdemira Albuquerque

Valdemira Albuquerque
Enviado por Valdemira Albuquerque em 06/04/2019
Código do texto: T6616607
Classificação de conteúdo: seguro