Abre as janelas para que eu sinta o vento
Abre as janelas
Para que eu sinta o vento
Mesmo que os espinhos dos cactos
Atravessem o meu peito
Preciso sentir a brisa
Pois sou a única luz que resta em tua noite
E se me apago
O breu será tua sorte
Abre as janelas
Para que eu sinta o vento
Mesmo que a àrvore seja cortada
E as suas raízes se sequem
Preciso sentir a brisa
Pois minhas folhas
Serão como rendas em tuas àguas
Que se aninham em minhas raízes
Ao cheiro da chuva
Abre as janelas
Para que eu sinta o vento
Mesmo que o lobo me devore
Ao sopro da tempestade
Preciso sentir a brisa
Pois sou a única domadora
De teus instintos selvagens
À luz da lua
Vestindo escarlate
Abre as janelas
Para que eu sinta o vento
Ainda que me queime
Nas labaredas de um fogo forte
Preciso sentir a brisa
E voar nas asas do dragão
Que me deixa em cinzas
Fênix no vulcão