MORRO
Abismo aberto grita e geme;
Não, não se prenda, solte-se,
liberte-se, jogue-se no pretume.
As luzes imersas ao fim do pico estralam como balas de festim;
O ponto alto de saciar-se,
o pau de carne pulsa entre os dedos.
O desejo ainda me prende a você;
Nada planejado, tudo pragmatizado,
sedento pelo odor sedenta dor, prende-se a mim.
A beira do abismo, as luzes ofuscam imersas às estrelas que surgem ao acender,
chama que queima, a boca queima e ainda te digo:
- Pronto? Pularemos de mãos dadas!
Que boca quente!