MORRO

Abismo aberto grita e geme;

Não, não se prenda, solte-se,

liberte-se, jogue-se no pretume.

As luzes imersas ao fim do pico estralam como balas de festim;

O ponto alto de saciar-se,

o pau de carne pulsa entre os dedos.

O desejo ainda me prende a você;

Nada planejado, tudo pragmatizado,

sedento pelo odor sedenta dor, prende-se a mim.

A beira do abismo, as luzes ofuscam imersas às estrelas que surgem ao acender,

chama que queima, a boca queima e ainda te digo:

- Pronto? Pularemos de mãos dadas!

Que boca quente!

Jaciel Vidal
Enviado por Jaciel Vidal em 05/04/2019
Reeditado em 05/04/2019
Código do texto: T6616164
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