Chá de hibisco, ano nublado,
carinhos com destinatário
sem o endereço de entrega,
sofrimento cru, batata sem maionese,
café frio, dia sem gosto
O medo do ego
garante a distância dos corpos
A solidão das horas, o silêncio das mãos,
lençóis intocados, azul abandonado,
o beijo guardado, a via de mão única,
o olhar desbotado, uma valsa sem par,
atravessar a rua de olhos vendados,
uma placa de Pare dentro de um sorriso,
o peito sangrando e o trânsito interrompido,
uma vida inteira no retrovisor do carro,
uma passagem só de ida para o inferno .
Eu aceito ! Eu aceito tudo !
Só não me peça para viver sem
quem não sei viver sem !

 






 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 04/04/2019
Código do texto: T6615271
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