REESCREVENDO NÓS DOIS
Em versos reescrevo a minha alma
Só assim, revelando um pouco de mim, a dor da saudade se acalma
E sigo por esse caminho dia a dia
Reescrevendo a minha vida em poesias...
Acordo com o peito em ebulição
Assim querendo cantar não sei o que, uma inexistente canção
E começo em uma palavra, nem sei mesmo o que vai sair
Só sinto, no desenrolar da inspiração, letra e canção, falar um pouco de mim...
É o amor que me cala
É o amor que por si só fala
É o ardor que me inebria
É o desejo, quando eu vejo já é poesia...
É como o sol nascendo em silêncio, desabrochando da madrugada escura e fria
É como o descansar do mesmo sol no entardecer que na noite se inicia
É como o enamorar das estrelas com a lua
É como eu comparo a lembrança de ver você toda minha, toda nua...
Ah, essas lembranças me traem
Ah, essas lembranças de dentro de mim, teimam, queimam, não saem
Ah, esse desejo de novamente te possuir
Ah, não sei o que fazer, não sei para onde ir...
Sigo no silêncio das madrugadas
Dentro de mim um deserto, ando por ruas alagadas
Passos imprecisos, indecisos, destinos incertos
Mas dentro de mim o desejo é querer te ter por perto...
É o céu, são as estrelas, por certo o luar
Na verdade é que onde quer que eu esteja, por mais que eu não te veja, lá você vai estar!