DECEPÇÃO
E quantas vezes acreditei
No amor sincero
Na alegria da vida
E assim acreditando
Me prendi nesse laço
Como um inseto perdido
Na teia de aranha.
Hoje me vejo sozinha
Como Dédalo e Ícaro
No labirinto maldito,
Eu grito
Mas ninguém me escuta
Ou não quer me ouvir
Para todos os lados que olho
São paredes intransponíveis
E de repente o espelho
Onde me vejo
Linda
Suave
Maravilhosa
Plena em amor
Amor próprio
Porque sozinha eu me basto.
JOEL MARINHO