PONTOS CEGOS
Eu saí dos versos. Corro agora em prosas.
Prosas pra contar que meu amor não é andarilho.
O que é bom, pois meu coração não faz pausas obrigatórias.
Guarde bem estas palavras;
Houve um tempo em que os olhos tinham outros formatos.
Formatos apaixonados.
Os desenhos em você são pontos cegos demais pra mim.
Se a perfeição não existe, me explica o que hipnotiza este meu olhar?!
Penitência. Castigo. Promessas. Amores que se acabam mesmo prometidos infindáveis. E há de se viver!
Não há meio. Não há saída. Não há remédio.
Saia por aí chutando flor por flor. Até despetalar todo o jardim.
Replante quando for preciso, quando puder!
Aproveite o sol. Ele sempre volta. Ele vai voltar amanhã.