ESTOU A VER O CORRER DAS MONÇÕES

Pelas quais passam tantas

Demasiadas

Emoções

Estou Aqui

Estou a ver o correr das monções

Tentando olhar nas densas nuvens

Augúrios de um futuro

A tua forma nelas

E sortilégios tais

Para ver se voltas

Ou não voltas mais

Estou a ver o correr das monções

Rezando

Não rezando

Contando as contas

Que fiz e que faço

Do terço que tenho nas mãos

Sem saber

Se fui absolvido

Ou se não mereço perdão

Estou a ver o correr das monções

Carregando a superstição

De acreditar

Não acreditando

Ao mesmo tempo

Enquanto me embrenho na tempestade

Para ver

Se dela consigo extrair algum alento

Estou a ver o correr das monções

E a roda da Vida

Mais uma vez girou

No tempo que passa

No tempo que passou

No amor que se vive

Ou que à beira de um certo destino ficou

Estou a ver o correr das monções