Areias do Destino

Areias do Destino

Andei por esse deserto sem fim

Passos largos às vezes curtos cansados

Seguia pegadas que na areia tentava sumir

Na minha aflição seguia rápido depressa

Até à mais profundo exaustão !

Por mais que andava aqueles passos nunca acabava

Era estranho parecia ser de alguém desesperado

Por um tempo parecia que ele corria

Às vezes parecia que estava cansado

Eu olhava pra trás aquelas pegadas não acabavam

E na minha frente aquela trilha era sequenciada

O mais estranho apenas existia um par de pegadas

Impressões deixadas nas areias do tempo

Uma caminhada de uma vida !

Cada passo trazia uma emoção

Os mais profundos eram sentimentos

Sufocados nos átrios do coração

Paixão mal resolvida

Chegadas alegres

Tristes partidas

Lágrimas em algumas delas

Canções românticas outras de despedidas

Sentimentos sufocados

Gritos na garganta aprisionados

Pedido pra ficar e partida em silêncio

Juras de amor no calor da paixão

Outras tantas de desilusão

Havia nelas o abandono da razão

De amar por loucura sem restrição

O abandono da vida por um ser preso

Que sufocou dentro de si o único motivo de viver

Aquele ser andava em círculos sem à menor noção

Que estava perdido nas areias do destino

No deserto hoje antes era chamado coração !

Pois viver sem teu amor nem faz sentido não

Aqueles passos eram deixados e seguidos pelo mesmo ser que se perderá na emoção

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 26/03/2019
Código do texto: T6608431
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