Areias do Destino
Areias do Destino
Andei por esse deserto sem fim
Passos largos às vezes curtos cansados
Seguia pegadas que na areia tentava sumir
Na minha aflição seguia rápido depressa
Até à mais profundo exaustão !
Por mais que andava aqueles passos nunca acabava
Era estranho parecia ser de alguém desesperado
Por um tempo parecia que ele corria
Às vezes parecia que estava cansado
Eu olhava pra trás aquelas pegadas não acabavam
E na minha frente aquela trilha era sequenciada
O mais estranho apenas existia um par de pegadas
Impressões deixadas nas areias do tempo
Uma caminhada de uma vida !
Cada passo trazia uma emoção
Os mais profundos eram sentimentos
Sufocados nos átrios do coração
Paixão mal resolvida
Chegadas alegres
Tristes partidas
Lágrimas em algumas delas
Canções românticas outras de despedidas
Sentimentos sufocados
Gritos na garganta aprisionados
Pedido pra ficar e partida em silêncio
Juras de amor no calor da paixão
Outras tantas de desilusão
Havia nelas o abandono da razão
De amar por loucura sem restrição
O abandono da vida por um ser preso
Que sufocou dentro de si o único motivo de viver
Aquele ser andava em círculos sem à menor noção
Que estava perdido nas areias do destino
No deserto hoje antes era chamado coração !
Pois viver sem teu amor nem faz sentido não
Aqueles passos eram deixados e seguidos pelo mesmo ser que se perderá na emoção
Ricardo do Lago Matos