Coisa de pele

A voltar para o nosso ninho

Sob os pingos grossos no caminho

Que anuncia a tempestade

Cedo o meu corpo

E a chuva me encharca

Sem embargo, corro

Socorro a minha pressa

Pra te encontrar

E a te achar seca,

Coberta por um penhoar

Inundo o seu corpo

Que se despe a me incitar

Coisa de pele este desejo

Habituei-me com seu cheiro

Que encrua

E não há salseiro que o destrua

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 22/03/2019
Código do texto: T6604758
Classificação de conteúdo: seguro