GARANHÃ
Teus cabelos rebentam de flores
e barcos cheios de deusas sonolentas
cruzam tua voz de terra rasgando o céu.
Uma musa eqüina empina em cima
das flores despejadas pela lua na praia
num triller da manhã.
Auroras concentradas rolam
pisadas por viajantes
que procuram o amor
nas avenidas repletas de saudade,
e todas as cores fluem
na tempestade oculta dos teus olhos
repletos de música
e um paraiso devorado por formigas
solta o amor do fundo da luta das garanhãs
que temperam o abismo do cio com o fogo sinfônico
magnetizado
nas sensações.