O amor impossível
Tanto pelo sim... pelos nãos.
Ainda assim estais em mim,
caminhas comigo...
Confesso-te também,
sem ti não consigo.
Duas almas irmãs;
almas sentidas,
atadas a mesma dor.
A tristeza marcar o nosso amor,
Despedaçados versos, eu os recito.
Alma querida! Aqui fala meus lamentos.
Porque rosas jamais devem ser colhidas;
faça isso e levarás a minha vida.
O que serias para ti a minha morte?
A soma ferida das tuas saudades.
O nosso amor será sempre uma dádiva;
o belo sonho a pertencer ao céu.
Por isso lhe suplico, oh, minha metade!
Não te apagues,
conserva o teu lume.
Silencia a tua revolta;
liberta-te desta dor.
Inspira-me!
Por teu corpo serei bálsamo e perfume.
Por hora...chore,liberte o teu pranto!
Bendita às lágrimas que lavam a terra.
Derrame-as de forma leve da tua face.
Lembre-se, o verdadeiro amor não erra.
Espera-me...espera-me!
Liberte tuas saudades em favos de mel.
Porque os anjos hão de ouvir tuas preces!
Somente por elas novamente renascerei.
Uma nova vida... um novo jardim.
Serei sempre a tua eterna rosa.
Agora ore...,espere pelo dia que amanhece.
Fortifica teu coração, doe-se neste ato celeste.
O tempo já nos planta o porvir do amanhã,
e logo verás a matinal primavera.
Por hora, espera...espera!
Destino,
costura nossas vidas de uma forma tão cruel!
Autor: Francisco de Assis Dorneles