ESCRAVOS DO AMOR
Como noite de verão.
Sabíamos do perigo do mergulho
Em mares nunca dantes ...
São coisas do coração,
Campo distante sem barulhos,
Salvo acaso cantes.
Como tarde de outono.
Sabíamos dos perigos do mergulho.
Nunca pude ser o dono.
Sou sentido todo orgulho.
Como manhã de inverno.
Sabíamos do mergulho em inferno,
Sabíamos do calor compartilhado,
Que teríamos um mar a nado ...
Chegada a primavera,
Foi de flores... lapidares...
Sob o céu de cúmulos
A certeza da quimera
De nossos tanto amares,
Pá de cal de túmulos.