DETALHES DE AMOR



Eu tenho provas indiciárias do nosso amor,
Rebatidas, expelidas nas janelas do coração,
Não será assim tão fácil superar a imensa dor,
Das evidências marcantes permitem uma apelação.

Ainda resta a menor dúvida, a causa da extinção,
Tão pouco desinteresse por ti, foi uma rescisão,
Que se produz por minha própria violação,
Mister se faz, amar-te, amar-te, sem confusão.

O que faz justificável suplicar, remediando,
Nestas minhas razões, o que de fato se impõe.
Teríamos mais amor, regalo, aí consertando,
Cônscio, dir-te-ei sobre a minha reparação.

Bem por bem, não serei inescusável neste dilate,
Porém, eu vou delatar as tuas paixões por mim,
Acusando-te como dona legítima do meu cupido,
Denunciando-te das lembranças amáveis sem fim.

Por isso, eu afirmo em qualquer juízo ou lugar,
Tenho provas indiciárias que és louca por mim,
Só resta ingressar no teu juízo fazendo amor,
Dando-te este diploma prazenteiro dum amador.

Não há implicações neste tablado amoroso,
A minha ternura é inarredável nos teus gemidos,
Manifestando aos teus olhos a qualquer hora,
Quando bem quiseres, o prazer é todo supedâneo.

Nesta tônica insinuante de rios de carinhos,
És sempre minha mujer, gostosura na partilha,
Divisória dos meus prazeres, dominante e fugaz,
Guardando no teu ego, a minha quota partidária.

Vem amor! Esqueça a outra, eu nasci para amar,
Absolva-me antecipadamente antes do dia clarear,
Sou assim, nasci para ser o teu partícipe emocional,
Sem haver antolhos, derramar-te-ei no precipício.

Logrando a realeza do fulcro dado por meu Deus,
Vem amor! O importante é fazer feliz por toda a vida,
Esqueça os minguados e escassos informes da minha vida,
Nasci para ti, assim como nascestes para eu amar.

O importante é que minha alma não tem endereço,
Sou um poeta que vive no mérito de reverenciar,
Não me procure, pois eu sei como te encontrar,
Não me tenhas como tua propriedade ou dona,
Agora venhas! Enfeita-me com as tuas curvas,
Embriaga-me com o teu corpo na sede deste amor.

Agora venhas! Enfeita-me com as tuas curvas,
Desfilando nas escadarias dessas emoções,
Fico feliz em ler a felicidade dos teus olhos,
Absolvendo neste poema, a minha confissão.

Meu amor! Agora que tudo acabou, tenho que partir,
Não me procure, pois, eu sei como te encontrar,
Não tenho prazo para amar, o desejo é que faz atar,
Nesta congruência, é assim que aprendi a amar.



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 19/09/2007
Reeditado em 04/10/2011
Código do texto: T659837
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