Soneto da fantasia: benquerença

Tornei-te meu amor

Coloquei em tuas mãos meu coração

Tudo em nome da fantasia mor

De cair nas garras desta sensação.

Só os céus hão de saber

De quanto aos querubins implorei

Para tornar a ti, meu bem querer

Para um dia dizer: “amei”.

As larvas no estomago

Sonham em tornar-se borboletas

Não encontram na lisura do amago

Galhos para a metamorfose perfeita

Quando a Mefistófeles pedi, disseste-me as palavras perfeitas:

“Enquanto o amor não lhe nasce, tu inventas. ”