Conjunção Carnal
Toco-te, oh esplendor,
em um mar de brancas espumas
num odor frenético de flores
e renasço a cada sensação
levado por forças noturnas
me deleito no enleio sensual
do teu baixo ventre acetinado
quando nossos corpos se fundem
em conjunção carnal
Cresce o fogo, nas ardentes labaredas
sinto o jogo do teu corpo pálido e macio
envolve-nos um oceano de safiras
que vira um oceano águas azuis cristalinas
nos sons do nosso tormento
o teu cheiro de menina
lentos gemidos entrecortados indefinidos
ecos de uma profanidade divina
Peco pelo amor que me transforma
mas minhas mãos são teu porto
estrela brilhante e luminosa
são tantas as tuas formas
e os desenhos do teu rosto
O teu olhar perdido refletido no vidro
que me olha com um amor incontido
teu beijo, tua boca, eu te quero comigo
sem você a vida não tem
nenhum sentido.