PINGO DE SAUDADE
Pingou saudade no papel
Molhou os olhos, o lenço,
Tudo o que estava seco.
Nada em mim está imune;
Meus dias, caminhos,
Pores do sol.
E eu ouço a todo instante
De quem me quer sorrindo:
Vai passar!
Sabe de uma coisa?
Passa não!
Nunca passou...
Porque a saudade
Se aloja no lugar teu,
E o lugar teu, sou eu!