Só escolhi sete

Sete títulos dos rabiscos que escrevi vendo-te

A rodar sobre minha cabeça em forma de imagem

Se não para eles a mais bela, para mim a mais perfeita.

Sete manchas nos papeis já amarelados com o passar do tempo

Arremedo de suspiros alí postos em forma de poema.

Meu olhar a caneta, minhas lágrimas a tinta, que miragem.

No castelo afixado neste deserto imaginário, você a Rainha.

Eu, hora eu o soldado vigilante que a ninguém dá passagem.

Eu disse sete meu bem, mas isso é apenas porcentagem ínfima

De todos os soluços que encontrei em meus alfarrábios

Na tentativa alucinante de voltar seus olhos para a minha figura

Esquelética, proletária, mas ao mesmo tempo riquíssima

De um sentimento cada vez mais aflorado, chamado amor.

E você, meu Deus, você a eterna muralha cada vez mais impenetrável.

Mas aqui há um guerreiro meu bem, incansável, invencível e de um amor eterno ardente.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 19/09/2007
Reeditado em 20/09/2007
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