Alma ferida
E, agora, o sol não brilhou, a chuva não caiu
O poeta não sonhou, a emoção se partiu
A paixão acabou, seqüestraram o amor
Sem recompensa pedir.
E, agora, o palhaço morreu, o circo partiu
O pássaro se calou, a tristeza exalou
No céu varonil do imenso planeta.
O relógio se quebrou, o pensamento parou
No espaço e no tempo, lágrimas rolaram
Trazendo lamento ao teu delineado perfil.
E, agora, o que faço, se o poeta
É palhaço neste mundo perfeito
Só resta solidão encravada no peito
Dos homens de bem.
E agora o que faço, entro no meu carro,
Saio à estrada a mais de cem?
Pensando bem nem tudo está perdido
Quero só um consolo pro meu coração
Ferido! Então, vem...!