JANELA DO TEMPO.
Sua beleza despida diante de mim,
A pele macia ao meu alcance,
O perfume inebriante,
Faz-me flutuar,
Sonhar,
Enlouquece-me,
Faz-me esquecer da razão,
E o meu coração não se aguenta,
Arrebenta dentro do peito,
Ele não bate,
Apanha enlouquecidamente,
Eu tão solitário,
Tão ingênuo,
Esperando por teus lábios,
Esperando por teus toques,
Estou enlouquecendo,
O amor me dominou,
Acorrentou-me,
Jogou-me em seu cárcere,
Agora sou o teu escravo,
Sou o teu servo.
A imaginação do seu perfume invade minh'alma,
Tortura-me a cada instante,
Sou este poeta vencido por tua beleza,
Por tua doçura tão inocente,
Meu anjo ledo,
Estou enlouquecendo de amor,
De tanto amor,
De tanto te amar.
Diante de meus olhos,
Na tarde de um dia qualquer,
Meu coração derreteu-se de tanto amor,
Eu fico a observá-la,
O seu olhar reluzente,
A voz de anjo ledo,
Doce inspiração,
A curva dos lábios
Que desejei nos meus,
Eu desejei os teus beijos,
O meu coração então passou a doer,
Doer dentro do peito,
A minha alma gritou,
E ainda grita de amor,
Meu grande e insano amor,
Eu a observo silenciosamente,
Cabisbaixo a observo de um canto qualquer,
A luz do sol em teus olhos,
O brilho que deles emanam,
O sorriso a cada momento,
Estou enlouquecendo de amor,
E naqueles pequenos instantes,
Aqueles momentos em que teu olhar,
Teu doce olhar cruzou com o meu,
Nesta louca imaginação,
Nesta janela do tempo,
Eu sinto o desejo de voar,
De gritar para todos ouvirem,
O quanto eu te amo,
O quanto eu te quero.
Eu imagino o teu sorriso
Despindo-se diante de mim,
Em movimentos suaves,
Sua pele clara refletindo a luz,
Refletindo o meu desejo,
Minha Vênus, adorada Afrodite,
Você se aproxima de mim nesta imaginação,
Sinto-me em chamas flamejantes,
Estou enlouquecendo de amor,
Perdendo-me na imaginação,
Você diante de mim,
Meu grande amor,
Minha doce paixão,
Sou este poeta insano,
Que te ama cada vez mais,
Até que em mim se arrebente a fibra de meu seio,
Que me prende a dor vivente.