Ficção
E quando a vida se fez pesar
Eu triste, machucado a chorar
Não hesitei em me reinventar
Fiz da mágoa, a tristeza minha arte
Como que uma personagem
Em defesa do meu coração
Fiz-me forte e confiante
Mera e pura ilusão
Logo eu, um ser amante
E com tão pouca razão
Assim sigo vivendo
Escravo dessa amarga solidão
Quando a vida tende a machucar
Minha personagem continua a gritar
Essa fictícia vida de satisfação
A lágrima que por vezes brota nos olhos
Luta, faz de um tudo para cair
Porém, a mente amarga e egoísta
Faz a lágrima retrair
Dando força a ilusão de não sentir mesmo sentido e assim continuar sorrindo
Dando vivência ao ser que mente para si
E sempre sorrindo mente pensando que é feliz.