ESTILINGUE DO AMOR

Não quero você nas horas incertas

Uma relação infeccionada pela desconfiança

Egos inflamados, feridas abertas

Tudo isso me cansa e nas entranhas não me alcança

De que me vale a liberdade, entremeios

Se meus olhos estão presos nos teus

Na carência de minha boca estão teus seios

E na tua ausência meus desejos são ateus...

Minha coberta está vazia

Teu cheiro em meu travesseiro

Tanto tempo me cavalgas fria

Nem mais sei se sou liberdade ou potro no celeiro

O tempo passou qual liberto córrego

Nos perdemos elastecidos pelo mundo

Hoje é raso o que era profundo

O tempo se arrasta como olhos de um cego

Teu sorriso meu cobertor

Tua distância é carta sem endereço

O amor presente é que faz crescer a flor

A saudade pode até ter raiz mais jamais o seu avesso

Deveras que o pássaro não volta ao ninho

Quando já consegue por manobras voar

Assim me tornei eu desde menino

Cresci para entender que o sonho é meu ar

Não sou homem de brincadeira

Ontem talvez, fosse o passarinho

Mais hoje sou a baladeira...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 27/02/2019
Código do texto: T6585898
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.