QUEM ÉS TU

Que és tu deusa do tempo,

Que me prendeste em um milênio,

Quando ele era ausente em mim,

Que és tu que aprisionas o sonho,

Visando sufocar a esperança na demora de uma espera,

Julgando a mais esperta enquanto a dor desperta,

E o olhar no horizonte afoga e desespera...

Que és tu deusa do tempo

Que surpreende como vento repentino,

Na história que chamamos de destino,

Fazendo dois corações viajar,

Riscando a linha invisível do tempo,

Afastando aquela dor que ontem era aguda,

Transformando cada amargura nesse doce amar.