eu já falei de ti em todos os botecos dessa cidade
os mendigos também
já sabem de nossa história
e as travestis me abraçam e me oferecem
cigarros quando eu digo seu nome.
prostitutas choraram
depois que transamos,
depois que me confiaram seus sonhos.
e quando eu chego na esquina
cada barman me dá um drinque
por conta da casa.
vi o que perdemos, o que nos foi arrancado,
em mais um jovem artista
em busca do sucesso,
em mais de uma boca
em busca de palavras
acolhedoras
em mais uma noite.
as luzes são apagadas após as cortinas subirem
nestes quartos cheios de fumaça e diálogos que
meu coração já conhece.
os fatos inarráveis de cada decisão tiram meu
fôlego quando sinto o hálito de baunilha e mentiras
disfarçadas de amor.
pulseiras e brincos caem no chão
e as chaves de minha casa em minha calça fazem
o maior barulho presente na noite.
queria seus braços abertos,
queria seu peito aliviado
para chamar de lar por mais uma vez
antes de voltar à minha realidade.
esse é o problema com o vício
quando nos enganamos na manhã seguinte,
seguindo a neblina das cinco horas até
o calor do café em mais uma refeição sozinho.
isso vai passar, eu sei.
isso vai acabar, eu sei.
mas ainda há quedas e feridas
para serem lembradas e anestesiadas
na próxima sexta-feira.
os mendigos também
já sabem de nossa história
e as travestis me abraçam e me oferecem
cigarros quando eu digo seu nome.
prostitutas choraram
depois que transamos,
depois que me confiaram seus sonhos.
e quando eu chego na esquina
cada barman me dá um drinque
por conta da casa.
vi o que perdemos, o que nos foi arrancado,
em mais um jovem artista
em busca do sucesso,
em mais de uma boca
em busca de palavras
acolhedoras
em mais uma noite.
as luzes são apagadas após as cortinas subirem
nestes quartos cheios de fumaça e diálogos que
meu coração já conhece.
os fatos inarráveis de cada decisão tiram meu
fôlego quando sinto o hálito de baunilha e mentiras
disfarçadas de amor.
pulseiras e brincos caem no chão
e as chaves de minha casa em minha calça fazem
o maior barulho presente na noite.
queria seus braços abertos,
queria seu peito aliviado
para chamar de lar por mais uma vez
antes de voltar à minha realidade.
esse é o problema com o vício
quando nos enganamos na manhã seguinte,
seguindo a neblina das cinco horas até
o calor do café em mais uma refeição sozinho.
isso vai passar, eu sei.
isso vai acabar, eu sei.
mas ainda há quedas e feridas
para serem lembradas e anestesiadas
na próxima sexta-feira.