Frações de tempo

As minhas poesias

Não parecem mais poesias

Parecem dramas,

Mas talvez dramas ainda não sejam

Porque estruturas faltam.

Dessas estruturas se quer sei falar

Porém, não quero mais ser essa única mulher

Perdida nesse meu mundo de devaneios

Quero enfim seguir.

Vejo-me novamente atormentada

Por essas inúmeras tempestades

Que me invadem diariamente.

Acordo e logo elas surgem

Como o sol surge no céu.

Ainda não sei se a multidão me acalma

Ou se me desnorteia

Talvez esteja presa a uma teia enorme

De uma violenta aranha

Chamada indecisão.

Corro mas, não saio do lugar.

Amo mas, não vivo de amor.

De certeza nessa vida, apenas minha liberdade

Para sempre

Mesmo sabendo que o sempre acaba

Pois começos e finais existem

E todas as tempestades voltam

Invadem-me e levam todas as metades

Que um dia ficaram

Se foi amor

Infelizmente o tempo esfriou

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 27/02/2019
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