Olhos meus nos olhos teus

Quando me vens,

meio que rompendo névoas,

como borboletas brancas

em tardes ensolaradas,

me deixas sempre com um olhar pensativo...

Pois o que amo em você,

não é teu corpo,

leitoso, de um tocar enveludado,

onde pouso meus carinhos.

Não é tua simplicidade,

doce virtude de seres transcedentais.

Não é tua inocência,

teu jeito de chorar com coisas

simplórias a outros olhos.

Nem tua loucura,

um destemor que desmancha regras,

como quem suja sapatos brancos

de propósito.

O que amo em ti

é o desejo imenso de adentrar

nos mistérios a que os teus olhos

me convidam.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 18/09/2007
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